sábado, 8 de março de 2014

Governo anuncia repasse de R$ 1,2 bilhão para distribuidoras de energia



O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta sexta-feira (7) uma ajuda de R$ 1,2 bilhão às concessionárias de distribuição que não conseguiram contratar, em um leilão realizado em dezembro, toda a energia que precisavam para atender à demanda de seus consumidores ao longo de 2014.

Em nota, o ministério informou que o valor será repassado às distribuidoras até a próxima terça-feira (11) e vai servir para compensar as despesas adicionais que essas empresas tiveram em janeiro com a compra de energia no mercado livre, mais cara que nos leilões.

Ainda de acordo com o ministério, o dinheiro vai vir de uma antecipação, pelo Tesouro, de parte dos R$ 9 bilhões previstos no Orçamento deste ano para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo usado pelo governo para fazer repasses de recursos para diversas ações nesse setor.

O ministério diz também na nota que “continua avaliando alternativas de solução para as demais situações enfrentadas pelo setor elétrico”, entre elas a outra ajuda pedida pelas distribuidoras, dessa vez para pagar a conta adicional pelo uso mais intenso de energia termelétrica neste ano.

Problemas no leilão
Em dezembro de 2013, o governo realizou um leilão em que as distribuidoras contratam das geradoras o fornecimento de energia em curto prazo, para complementar o atendimento da demanda prevista para 2014. Entretanto, elas só conseguiram contratar 44% da energia que precisavam.

A diferença as distribuidoras tiveram que comprar no mercado à vista, onde o insumo costuma ser mais caro. Neste ano, especialmente, o valor da energia nesse mercado à vista subiu muito e, em fevereiro, chegou a atingir o teto permitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido à queda acentuada no nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Enquanto no leilão de dezembro a energia foi vendida por até R$ 191,40 o megawatt-hora (MWh), em fevereiro ela atingiu R$ 822,83 por MWh no mercado à vista, valor mais alto da história.

Fonte: G1

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