A
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia,
espera que os eleitores levem em consideração as “consequências” de
optar por candidatos “ficha suja”, segundo afirmou em entrevista nesta
sexta (5) ao G1.
A dois dias da votação, 2.152 dos
465.414 candidatos a prefeito e a vereador em todo o país têm o registro
de candidatura questionado no TSE com base na Lei da Ficha Limpa. Eles
aguardam decisão do tribunal sobre se poderão assumir os cargos caso
sejam eleitos.
De acordo com Cármen Lúcia, os que
impetraram recurso no TSE são candidatos que já tiveram o registro
indeferido pelo juiz de primeiro grau e pelo tribunal regional eleitoral
do estado. Portanto, segundo ela, são grandes as chances de que o
registro de candidatura também seja rejeitado pelos ministros do
Tribunal Superior Eleitoral.
“Se ele [candidato] já teve decisão em
uma ou duas instâncias – o juiz eleitoral indeferiu, ele foi ao TRE, e o
TRE indeferiu – ele vem ao TSE. Estando contrário a uma diretriz,
provavelmente ele vai perder. Isso é importante que os eleitores tenham
em mente”, disse.
Para a ministra, a tentativa do
candidato de recorrer “é legítima, é direito dele”. Mas, segundo Cármen
Lúcia, a consequência do voto “também é preciso ser considerada pelo
próprio eleitor”. Segundo ela, se vetado pelo tribunal, o eleito poderá
não tomar posse.
Fonte: Tribuna Hoje
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