sábado, 6 de outubro de 2012

Em SP, queda de Russomanno anima adversários que buscam 2o turno


A disputa eleitoral na maior cidade do país ganhou contornos dramáticos para o candidato do PRB, Celso Russomanno, que tentará até domingo evitar uma virada histórica que o tiraria da briga do segundo turno contra o petista Fernando Haddad ou o tucano José Serra.
Russomanno, um comunicador que cresceu nas pesquisas apoiado pelos evangélicos, surpreendeu os analistas políticos ao pular na frente na disputa eleitoral de São Paulo e manter uma larga vantagem sobre os candidatos de PT e PSDB.
Essa larga vantagem desapareceu nas últimas duas semanas e o candidato do PRB viu as intenções de votos, que ficaram por semanas acima dos 35 por cento, caírem para 25 por cento, segundo a pesquisa Datafolha realizada nesta semana. A campanha de Russomanno atribui a queda aos incessantes ataques dos adversários na propaganda eleitoral gratuita.
Para tentar neutralizar a perda de apoio, a campanha de Russomanno produziu 8 milhões de panfletos e está disparando 1,5 milhão de ligações.
“Nós estamos colocando gente na rua. Tentando movimentar a militância. Também vamos distribuir 5 milhões de folhetos com motivos para votar no Russomanno, 1 milhão de folhetos para explicar a posição dele em relação à tarifa de ônibus e 2 milhões de folhetos tratando da questão relativa à rejeição do Serra”, afirmou à Reuters o presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno, Marcos Pereira.
Pereira acredita que a polêmica entre Haddad e Russomanno sobre a tarifa de ônibus foi o principal motivo para perda de apoio nas regiões mais pobres da cidade.
Enquanto o petista defende a criação de um bilhete único mensal para acessar o transporte público, Russomanno defende que as tarifas sejam calculadas de acordo com a distância percorrida pelo usuário. A proposta do candidato do PRB foi criticada pela campanha petista, pois prejudicaria os trabalhadores mais pobres, que moram mais longe da região central
Polêmica à parte, o derretimento de Russomanno nas pesquisas animou seus principais adversários, Serra e Haddad, apontados como favoritos pelos analistas para disputar o segundo turno no começo da corrida eleitoral.
Fonte: Reuters

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