A disputa eleitoral na maior cidade do
país ganhou contornos dramáticos para o candidato do PRB, Celso
Russomanno, que tentará até domingo evitar uma virada histórica que o
tiraria da briga do segundo turno contra o petista Fernando Haddad ou o
tucano José Serra.
Russomanno, um comunicador que cresceu
nas pesquisas apoiado pelos evangélicos, surpreendeu os analistas
políticos ao pular na frente na disputa eleitoral de São Paulo e manter
uma larga vantagem sobre os candidatos de PT e PSDB.
Essa larga vantagem desapareceu nas
últimas duas semanas e o candidato do PRB viu as intenções de votos, que
ficaram por semanas acima dos 35 por cento, caírem para 25 por cento,
segundo a pesquisa Datafolha realizada nesta semana. A campanha de
Russomanno atribui a queda aos incessantes ataques dos adversários na
propaganda eleitoral gratuita.
Para tentar neutralizar a perda de
apoio, a campanha de Russomanno produziu 8 milhões de panfletos e está
disparando 1,5 milhão de ligações.
“Nós estamos colocando gente na rua.
Tentando movimentar a militância. Também vamos distribuir 5 milhões de
folhetos com motivos para votar no Russomanno, 1 milhão de folhetos para
explicar a posição dele em relação à tarifa de ônibus e 2 milhões de
folhetos tratando da questão relativa à rejeição do Serra”, afirmou à
Reuters o presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno,
Marcos Pereira.
Pereira acredita que a polêmica entre
Haddad e Russomanno sobre a tarifa de ônibus foi o principal motivo para
perda de apoio nas regiões mais pobres da cidade.
Enquanto o petista defende a criação de
um bilhete único mensal para acessar o transporte público, Russomanno
defende que as tarifas sejam calculadas de acordo com a distância
percorrida pelo usuário. A proposta do candidato do PRB foi criticada
pela campanha petista, pois prejudicaria os trabalhadores mais pobres,
que moram mais longe da região central
Polêmica à parte, o derretimento de
Russomanno nas pesquisas animou seus principais adversários, Serra e
Haddad, apontados como favoritos pelos analistas para disputar o segundo
turno no começo da corrida eleitoral.
Fonte: Reuters
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