O socialista José Patriota conquistou a maior vitória numérica em eleições disputadas no município sobre Giza Simões (PSDB), com 1.138 votos de frente. A candidata tucana largou na frente mas cedeu espaço para o adversário no curso da campanha.
Individualmente, Giza mostrou que tem muita força eleitoral, mas a falta de uma chapa proporcional mais competitiva (oito dos treze vereadores eleitos são da Frente Popular) e um grupo empenhado, mas que cometeu alguns erros políticos, não resistiu à campanha “estilo planejamento” da Frente Popular, com um candidato que cresceu durante a campanha, conseguiu emplacar o discurso da renovação sem deixar de aproveitar o legado de Totonho. Nos bastidores, Giza já sinaliza que vai questionar a atuação no combate à compra de votos e uso da máquina por MP e Justiça.
| EM SERRA, LUCIANO DUQUE VENCEU COM DISCURSO MAIS PÉ NO CHÃO |
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Venceu o discurso mais “da terra” de Luciano Duque (PT). Apesar de ter um palanque recheado de lideranças políticas capitaneadas por Inocêncio Oliveira e a palavra do governador Eduardo Campos, o nome do PR não passou à população a confiança de que estaria disposto a cumprir um mandato de quatro anos na cidade, diante de seu currículo e da sua projeção estadual .
Some-se a isso o fato de que Luciano já vinha em pré campanha a bom tempo, reside em Serra e teve ao seu lado um prefeito bem avaliado, Carlos Evandro. Não dá pra dizer que houve interferência nem de Lula nem de Eduardo. Foi Luciano que convenceu mais que Sebastião, no discurso e na presença.
| TABIRA SURPREENDE DE NOVO COM VITÓRIA DE SEBASTIÃO DIAS |
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Certamente, a maior surpresa da campanha. Todos os prognósticos apontavam que Dinca Brandino seria reeleito. Mais a “Cidade das Tradições” se fez valer de mais uma delas : a tradição de não reeleger. Silenciosamente (muitos atestavam que muitas casas não estavam adesivadas) a população disse não ao estilo Dinca, que até tentou ser mais “paz e amor” na campanha, mas já se havia revelado em episódios anteriores, apesar da marca de tocador de obras.
Marcílio Pires foi presado pela polarização na reta final e teve pouco mais de 500 votos. Vidalzinho cumpriu papel mais político que matemático, como ele mesmo pregava. Desafio do prefeito poeta agora é fazer um governo com sua cara, sem se deixar influenciar demais por Josete e Mano, que também reivindicam o bônus da vitória. Para quem tem o dom da sabedoria dos poetas, condições pra isso ele tem.
| EM SÃO JOSÉ, ROMÉRIO VENCEU ECLÉRINSTON. MAS PARA MUITOS, DERROTA FOI DE EVANDRO |
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Na terra da poesia, outra virada importante. Romério Guimarães (PT) bateu, com Zé Marcos e Gilberto Rodrigues (este último de alma mais lavada que os demais) no seu palanque, o prefeito Evandro Valadares e o seu candidato, Eclérinston Ramos.
A campanha socialista passou a impressão de que era um embate do gestor (que continuaria governando através do seu candidato) contra a oposição. O estilo Evandro Valadares também pode ter contaminado negativamente a campanha, pois fazia ele aparecer mais que seu candidato.
Romério usou o branco da paz, teve discurso mais equilibrado, evitou o confronto de ataques e conseguiu emplacar o “São José do Egito não tem dono”.
| TUPARETAMA TAMBÉM TEVE SURPRESA, VERMELHA |
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Foi mais uma cidade que surpreendeu. O candidato Dêva foi construindo aos poucos uma campanha sólida, com uma força impressionante de sua militância vermelha. Como em São José, conseguiu levar à população o discurso de que a vitória de Valmir Tunú representava na verdade uma continuidade do governo de Sávio Torres, com Tunú sem peso para dar sua cara à gestão.
| ELEIÇÃO SEM NOVIDADES EM FLORES E IGUARACI |
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Da lista dos resultados aguardados, Flores e Iguaraci. Na primeira, o candidato Luiz de Zé Duro e a da terceira via, Lalá, não conseguiram bater o sentimento da oposição e a força estrutural e de grupo de Soraia Murioca. Foram quase dois mil votos de frente, uma vitória incontestável. O resultado mostra que hoje em Flores só Marcone Santana tem peso para equilibrar com a candidata, que vai gerir os rumos da cidade a partir de 1º de janeiro.
Em Iguaraci, todos já cantavam a vitória de Dessoles sobre Antonio Torres. O município foi marcado pelo episódio da negativa do PR ao prefeito Albérico Rocha para disputar a prefeitura, com Inocêncio acusando o prefeito e o prefeito culpando Inocêncio pela decisão. Episódio à parte, Dessoles mostrou que detém ainda um importante capital eleitoral no município. Quatro anos depois, bateu o socialista com quase mil votos de frente.
Nill Junior
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