A presidente Dilma Rousseff fez uma reunião nesta segunda-feira (9) com ministros e líderes da Câmara dos Deputados para expor os impactos que seriam causados nas contas do governo caso seja derrubado o veto presidencial ao projeto que acaba com a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS paga por empregados em caso de demissão sem justa causa.
O foco central da reunião, segundo a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), foram os vetos presidenciais que serão apreciados pelo Congresso em 17 de setembro. “O trabalho central é o esclarecimento, a perspectiva de manutenção [do veto], principalmente no sentido de não causar impacto nas contas, na questão fiscal e nas despesas do governo”, afirmou.
Além dos líderes partidários da Câmara, participaram da reunião, no Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer, e os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Diogo de Oliveira (secretário-executivo da Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento), que fez uma exposição aos deputados sobre os impactos do projeto.
Segundo Ideli, o fim da multa traria impacto de R$ 3,2 a R$ 3,6 bilhões ao ano no Minha Casa, Minha Vida, que gera 1,4 milhão de empregos. Atualmente, o dinheiro da multa é usado para subsidiar os contratos do programa habitacional.
“Entre os vetos do próximo dia 17, este [do FGTS] é o que causa mais impacto e traz consequências muito graves”, disse Ideli Salvatti. Ainda de acordo com ela, o fim da multa provocaria maior rotatividade na mão de obra, o que “preocupa” o governo.
“A retirada desse recurso de forma abrupta causaria impacto nas contas do governo, na política de manutenção do emprego, na política de benefício para a população e trará, não temos a menor dúvida, maior facilidade na rotatividade da mão de obra”, disse.
Fonte: G1
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