A arrecadação do governo bateu recorde para meses de agosto e no acumulado deste ano, apesar do impacto para baixo de R$ 51 bilhões em reduções de tributos em 2013, informou nesta segunda-feira (23) a Secretaria da Receita Federal.
Em agosto, a arrecadação do governo – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – subiu 2,68% em termos reais (com números corrigidos pela inflação) e somou R$ 83,95 bilhões (o maior valor já arrecadado em um mês de agosto).
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No decorrer deste ano, a arrecadação tem mostrado um comportamento errático. Registrou queda real em três meses (fevereiro, março e junho) e crescimento, acima da inflação, em janeiro, abril, maio, julho e agosto.
"Na nossa avaliação, o crescimento da arrecadação tem a ver com o aumento da lucratividade das empresas, em especial no caso do IR e da CSLL. Podemos dizer que tem a ver com o aumento da produção industrial e da venda de bens e serviços. São resultados que são melhores do que os registrados no ano passado", avaliou o secretário-substituto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes.
Acumulado do ano
Já no acumulado dos oito primeiros meses do ano, entretanto, a arrecadação somou R$ 722,23 bilhões, o que representa uma alta de 0,79% em termos reais sobre igual período do ano passado. O resultado de igual período de 2011 (R$ 713,53 bilhões) também foi superado.
Em termos nominais, a arrecadação cresceu R$ 48,65 bilhões de janeiro a agosto deste ano – ou seja, sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados em igual período do ano passado. Deste modo, esse crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.
Segundo números oficiais, a alta real da arrecadação neste ano está relacionada, também, com a arrecadação extraordinária de R$ 4 bilhões do PIS, Cofins, do IRPJ e da CSLL em decorrência de depósitos judiciais e venda de participação societária.
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação cresceu mesmo com as desonerações de tributos anunciadas pelo governo no ano passado (folha de pagamentos, IPI de automóveis, etc) – que já somam R$ 51 bilhões de janeiro a agosto.
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