O risco de clonagem de cartões continua rondando as cidades sertanejas. Impressiona também a falta de segurança dos bancos, que muitas vezes se eximem de responsabilidades. Uma professora de Carnaíba teve o cartão de sua conta do Banco do Brasil na cidade clonado este mês.
Em poucos dias, os criminosos contrataram dois empréstimos que somam quase R$ 8 mil, saque de seu limite de crédito no valor de R$ 400,00, (quatrocentos reais), com a maioria das movimentações feitas em Fortaleza.
A diferença é que a vítima fez o que muitos sertanejos, por desconhecimento ou até medo não fazem. Procurou um escritório de Advocacia, o Mendes Cabral & Lima Advogados Associados, sediado no município, e acionou o banco na Justiça.
“Resta claro diante da quantidade de transações efetuadas, onde constam transferências de outras contas para a da Autora, que o sistema de segurança do banco é frágil não podendo tal fragilidade ser suportada por quem consome os serviços ofertados pelo banco, sendo esta uma incumbência deste, a qual não se mostrou capaz. A autora jamais se ausentou do município de Carnaíba, visto que a mesma é professora municipal e conforme se pode atestar pela ficha individual de recolhimento de ponto devidamente assinada pela autora nas respectivas datas”, relata a ação.
O mais impressionante é que o Banco, mesmo tendo todas as imagens relativas às transações, bem como data, hora e local onde foram efetuadas, se nega em reconhecer a violação do sistema, quando é obrigação sua garantir a segurança ao cliente e não o contrário.
Como se já não fosse bastante tal abuso, ainda informou à cliente que o banco só se pronunciará em 90 dias após a mesma informar ao Banco via carta, o acontecido, relatando com riqueza de detalhes com se deram as transações, além, claro, de reclamar mal atendimento.
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