Ontem, a caminho de Buenos Aires, a presidente Dilma Rousseff deve ter lido no avião o “clipping” preparado por sua assessoria com críticas ao seu governo num tom que até agora desconhecia. Ao governador de Pernambuco e (ainda) seu aliado, Eduardo Campos, foi atribuída esta frase bombástica: “Ela (Dilma) não se reelegerá e não se reelegerá mesmo. Ela governa mal e está levando o país para o buraco”. O governador, presume-se, não diria isto apenas por dizer.
Já ao senador Jarbas Vasconcelos, filiado à ala do PMDB que faz oposição ao governo federal, atribui-se uma frase mais dura ainda: “Esta senhora tem formação pior que a de muitos generais da ditadura. É intolerante e tem formação autoritária”. A acusação foi a propósito da pressão exercida pelo Planalto sobre os senadores da base governista para que votem em regime de urgência o projeto que praticamente inviabiliza a formação do partido de Marina Silva.
No entanto, a crítica que mais deve tê-la incomodado partiu do senador Pedro Simon, cujo berço político é o mesmo dela: o Rio Grande do Sul. Também inconformado com o cerco do Palácio do Planalto à ex-senadora, Simon, com o peso de sua autoridade moral, chamou Dilma de “marechala” e de “política vulgar”, lembrando que ela não tem tradição política nas terras gaúchas porque antes de ser presidente da República exerceu apenas cargos burocráticos.
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