A vereadora Neusinha Santos (PT) de Belo Horizonte, em Minas Gerais, se meteu numa trapalhada durante votação no plenário da Câmara Municipal, de acordo com informações do site Brasil 247. Ela acabou votando contra um projeto de sua autoria, por total falta de atenção.
A petista havia se empenhado na derrubada do veto do prefeito Marcio Lacerda à criação do Sistema Único de Assistência Social em BH - de autoria da própria vereadora. No momento da escolha, porém, Neusinha se confundiu toda e votou pela manutenção do veto. Depois disso, já ciente do erro, tentou corrigi-lo, mas o sistema não permitia.
Logo em seguida, a vereadora percebeu que foi traída por vários colegas de Casa com quem havia conversado e obtido garantias de acompanha-la na votação. A derrubada do veto teve apenas 15 votos, bem menos do que Neusinha havia contabilizado na “campanha” com os vereadores. Foi para a tribuna: “Eu sou a favor de acabar com o voto secreto aqui na Câmara. Só assim vamos saber quem são os traidores”, afirmou. Detalhe: minutos antes, a mesma Neusinha Santos havia feito discurso defendendo o voto sigiloso como forma de garantir independência em relação ao Executivo, sem perseguições. E o pior é que esse fato não é a primeira trapalhada dela...
Há pouco mais de dois meses, ela também foi protagonista de outro momento constrangedor. Um vídeo, gravado sem que ela soubesse, mostrava uma conversa dela com colegas no plenário da Câmara. Nele, ela chama Leonardo Mattos, do PV, de herói - Mattos havia sido o único parlamentar que admitiu ter votado pela derrubada do veto do prefeito Marcio Lacerda (PSB) aos 61,8% de aumento salarial que os vereadores se concederam no fim do ano passado. Em determinado momento, em tom de discurso, ela chegou a dizer: “O prefeito vetou e a gente teve de manter o veto dele sob pressão popular”.
O vídeo correu as redes sociais e gerou alguma repercussão na capital mineira. No fim, percebendo-se filmada, ela questionou: “De quem é essa câmera?” Nos dias seguintes, Neusinha se defendeu, alegando que suas palavras foram tiradas do contexto. Justiça seja feita: a vereadora do PT foi um dos três únicos na Câmara a ter votado, desde o princípio, contra o aumento salarial muito acima da inflação - juntamente com Arnaldo Godoy, também petista, e Iran Barbosa, do PMDB.
Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário