A greve dos transportadores de combustíveis continua pelo terceiro dia na cidade de São Paulo nesta quarta-feira. Desde ontem postos na cidade já não têm mais etanol, gasolina e diesel. Em alguns dos estabelecimentos que ainda possuem combustíveis, o preço do litro do etanol, por exemplo, foi majorado em R$ 0,30.
Em postos nas regiões oeste, leste e sul da capital cones bloqueiam a entrada nas bombas, devido à falta de combustível. Em alguns estabelecimentos que possuem etanol, por exemplo, o preço do combustível foi majorado entre R$ 0,20 e R$ 0,30 de segunda-feira para esta manhã.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivativos de Petróleo de São Paulo (Sincopetro) irá divulgar nesta quarta um novo balanço de quantos postos na capital paulista já sofrem com desabastecimento. Em entrevista à TV Globo, o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou que todos os postos de gasolina da capital já sentem falta de combustível e mesmo que o fornecimento seja retomado hoje demorará de cinco a seis dias para que a situação ao consumidor seja normalizada. Por meio de nota, o sindicato disse ter conhecimento sobre o aumento de preços na venda dos combustíveis “muito acima do normal e razoável”.
“Esclarecemos que aumentos abusivos de preços, em razão desse tipo de situação, podem caracterizar, segundo a legislação brasileira, crime contra a ordem econômica e as relações de consumo”, alertou o sindicato.
Ainda ontem, a Justiça determinou que os caminhoneiros retomem o abastecimento de combustíveis na cidade, segundo informou a Prefeitura de São Paulo. O juiz Emilio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), concedeu medida liminar “para determinar que sindicatos acusados de promover ações com o objetivo de impedir a distribuição de combustível em postos de gasolina da capital paulista retomem a normalidade dos serviços”.
Caso haja descumprimento da liminar, os sindicatos arcarão com multa diária de R$ 1 milhão cada, segundo determinação do magistrado.
A Procuradoria Geral do Município (PGM) de São Paulo entrou na Justiça contra Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) e contra o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo para garantir o abastecimento de combustível na cidade. A ação foi movida para assegurar os interesses públicos e evitar prejuízos à população.
O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo informou que não vai comentar a decisão por ainda não ter sido notificado.
Entenda
Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.
Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, reclama que a restrição ao tráfego na Marginal é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 km caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.
Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.
Fonte: Terra
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