quinta-feira, 8 de março de 2012

PIB de Pernambuco tem crescimento de 4,5%, no acumulado de 2011


O desempenho pernambucano referente aos números do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto semestre de 2011 foi apresentado nesta quarta-feira (7), na Agência Condepe/Fidem, no Recife. Os índices do estado, a preços de mercado, cresceram 3% nos últimos quatro meses do ano e somaram 4,5%, no acumulado de 2011. As duas estimativas são comparadas ao mesmo período de 2010. O Brasil,  no ano passado, teve aumento de 2,7% no seu PIB, conforme dados divulgados pelo IBGE, na última terça-feira (8).
"Esse resultado confirma uma trajetória que se verifica há alguns anos em que a economia do estado cresce a níveis superiores que a média nacional, começando a reverter lentamente um histórico de desigualdade", pontua Antônio Alexandre, diretor presidente da Agência Condepe/Fidem.

O setor que mais contribuiu com o crescimento do estado foi o da indústria, com crescimento de 5%, sendo a construção civil o principal impulsionador desse desempenho, com 10,5%. A arrecadação através de impostos sobre produção obteve o segundo maior crescimento, com 3,3% de aumento.
 

"A construção civil aparece com tanta força porque estamos vivenciando essa fase de implantação de grandes empreendimentos, em um desempenho sustentado por esse momento que é de construção e instalação dessas obras. Mas a compra de máquinas e de equipamentos e serviços de transporte, alojamento e alimentação para os canteiros de obras, por exemplo, são áreas em franco crescimento também. Há um forte impulso nessas atividades, coerente com o momento", avalia Alexandre.
Outro setor que apontou índice positivo foi o de serviços, com 2,7% de acréscimo. As atividades que mais se destacaram no período foram: serviços prestados às empresas, aluguéis e intermediação financeira e alojamento e alimentação, que contém atividades relacionadas ao turismo.

A agropecuária, entretanto, teve uma queda de 2%. Segundo a Agência, esse decréscimo no setor se deve ao desempenho negativo das lavouras permanentes, que apresentaram resultado negativo de 2,2%, especialmente pela queda na produção de banana. São chamadas de permanentes as culturas de longa duração, que, após a colheita, não precisam, necessariamente, de novo plantio, produzindo por vários anos sucessivos
Em comparação a 2010 - quando o Brasil registrou um crescimento de 7,5% e Pernambuco, de 9,9%, em dados reajustados - 2011 pode soar como um ano modesto. "Mas 2011 foi um ano onde vimos o agravamento da crise europeia, a lenta recuperação dos EUA e do Japão, ainda atingido pelo terremoto, pelo tsunami e pelo episódio em Fukushima. Por isso, a manutenção do patamar de crescimento das economias mundiais está sendo feita pelos países emergentes. No Brasil, o primeiro semestre teve medidas restritivas para contenção da ameaça da inflação, mas no segundo semeste já tivemos uma flexibilização disso. Então, pode-se dizer que a economia de Pernambuco teve, em 2011, um movimento positivo, dentro do contexto de crises e mudanças macroeconômicas na política brasileira", assegura Antônio Alexandre.
O prognóstico para este ano, na visão do diretor da Agência Condepe/Fidem, é de poucas mudanças significativas dessa taxa - o PIB estadual deve crescer entre 5% e 5,5%, enquanto o país deve registrar um aumento de 3,5% a 4,5%. Para ele, as alterações que os empreendimentos atualmente em construção vão realizar no perfil da economia do estado só devem ser sentidas a partir de 2014. "Em 2012, teremos o início da operação de algumas das plantas industriais que estão se instalando. O estaleiro, por exemplo, vai concluir este ano a entrega de algumas grandes encomendas, parte das plataformas petroquímicas já começou a operar. Creio que as condições estruturais da economia de Pernambuco se mantêm para 2012, o que garante que o estado vá responder às variações econômicas brasileiras e mundiais, mais ou menos nos patamares atuais, ainda acima da média do Brasil", defende Alexandre.
G1 PE

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